segunda-feira, 23 de abril de 2007

Tipos de Transplante...

Como todos sabem, nos próximos dias estou fazendo um transplante autólogo de medula... muitas pessoas me perguntam se eu arrumei doador ou coisa parecida... deixando claro : eu não vou precisar de doador...!. Como falei, minha doença não tem origem em minha medula... que por sinal é muito saudável obrigado. Por isso vou falar sobre os tipos de tranplante:
Existem 3 tipos de transplante:

Transplante Alogênico: A medula a ser tranplantade é obtida de um doador compatível aparentado (especialmente irmãos). Essa na minha opnião é uma das partes mais dificies do tratamento: encontrar um doador compatível... a chance de encontrar um doador entre irmãos é de 35%... Tenho um colega que tem 10 irmãos.... e só 1 era compatível... Já outro colega só tem 1 irmão e teve a sorte deste ser compatível também...!!!
Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos (brancos, negros amarelos...) semelhantes. Embora, no caso do Brasil, a mistura de raças dificulte a localização de doadores, é possível encontrá-los em outros países. Desta forma surgiram os primeiros Bancos de Doadores de Medula, em que voluntários de todo o mundo são cadastrados e consultados para pacientes de todo o planeta. Hoje, já existem mais de 5 milhões de doadores. O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) coordena a pesquisa de doadores nos bancos brasileiros e estrangeiros.
Portanto, mais uma vez a importância de ser doador... você que acha muito diferente saiba que pode existir alguem que esteja dependendo de você para ter esperança... entre no site e seja voluntário... Conheci vários aqui no hospital, que vem de lugares distante do país só para ajudar quem nem conhecem...
Transplate Autológo: No transplante pode ser autólogo, quando a medula ou as células precursoras de medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (Esse é o tipo que vou fazer).
Transplate Singênico: A medula é obtida de um irmão gêmeo idêntico;

Vejam algumas doenças tratadas com o transplante de medula:
Doenças onco-hematológicas
1. Leucemias Agudas
2. Leucemia Mielóide Crônica
3.Síndrome Mielodisplástica
4. Linfomas não Hodgkin
5. Doença de Hodgkin
6. Mieloma Múltiplo
7. Mieloesclerose Aguda Malígna

Doenças Hematológicas
8. Anemia Aplástica Severa
9. Anemia de Fanconi
10.Hemoglobinapatias
11.Talassemia Tipo Maior
12.Aplasia Congênita da Série Vermelha
13.Hemoglobinúria Paroxística Noturna
14.Imunodeficiência Severa Combinada
15.Osteopetrose
16.Síndrome de Wiskott-Aldrich
17.Acidentes de Radiação
Doenças Oncológicas
18.Tumor de Testículo
19.Tumor de mama
20.Tumor de Ovário
21.Tumor pulmonar de pequenas células
22 Neuroblastoma
23.Tumor de Sistema Nervosos Central
24.Outros Tumores

2 comentários:

REGINA VIEIRA disse...

Os grandes desafios do nosso tempo nos transformam em alquimistas do século XXI. Trata-se de transformar MORTE em VIDA, recuperando áreas poluídas e devastadas, resgatando a cidadania de populações e grupos sociais alijados pela diferença e também viabilizando a doação e o transplante de orgãos para aqueles cujas vidas dependem disso.

Parece tão ou mais dificil do que transmutar metal em ouro: depende de desprendimento, compaixão, solidariedade e também empenho e eficiência da máquina pública.

Falando de uma situação específica – os transplantes hepáticos, para exemplificar um problema macro:
 Entre 15 de julho de 2006 e 25 de janeiro de 2007, o número transplantes hepáticos no Estado do Rio de Janeiro alcançou a marca histórica de 54 cirurgias.
 No ultimo semestre de 2006, o índice de transplantes no Estado foi de 10 cirurgias para cada 1 milhão de habitante. Este resultado está muito acima da média brasileira, aproximando-se dos melhores centros mundiais (por ex. Canadá: 14 cirurgias por milhão de habitantes).
 A expectativa para o ano de 2007 era de que fossem realizados de 80 a 100 transplantes de fígado, o que significaria uma redução de 25 a 30% por ano na fila de espera pelo órgão.
 Em janeiro de 2007, 14 pessoas foram transplantadas.
 Entretanto, de fevereiro a maio de 2007, apenas 16 transplantes de fígado foram realizados no Estado, baixando o índice para 4 cirurgias/milhão de habitante.
Apesar da doação de órgãos não ser ainda uma prática habitual na nossa sociedade, fica claro que há um problema na captação e coordenação do sistema, a cargo da RIO TRANSPLANTE – Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.
O que está acontecendo? Que providências o Estado está tomando para retomar o ritmo das cirurgias e fazer avançar fila de pacientes à espera de transplantes?
Permito-me invadir o seu espaço para divulgar esta situação e procurar apoio, ajuda para reverter a triste situação atual e recuperar os excelentes resultados da RIO TRANSPLANTE, instituição que já esteve entre as mais eficientes do país.

Anônimo disse...

é bom saber que existi pessoas que doam orgãos